Uso indiscriminado de colírios pode afetar a saúde ocular
O uso de colírios ajuda a aliviar qualquer irritação nos olhos, bastam apenas algumas gotinhas. Mas, o que parece inofensivo pode esconder sérios riscos à saúde ocular. O uso frequente e sem recomendação médica, por exemplo, pode causar desde uma vermelhidão sem cura ao desenvolvimento de glaucoma ou catarata.
Os tipos de colírio variam de acordo com a finalidade, e apenas o profissional oftalmologista está apto para prescrevê-lo. Afinal, assim como qualquer outro medicamento, seu uso está intrinsecamente ligado às recomendações médicas, uma vez que pode lesionar o olho e comprometer a visão caso ministrado de forma incorreta.
Pensando nisso, no post de hoje falaremos sobre os diferentes tipos deste medicamento – sendo Antibióticos, Vasoconstritor, Corticoide, Antiglaucomatosos e Lágrimas Artificiais -, além de suas finalidades e os riscos do uso indiscriminado. Confira:
Tipos de colírios e seus riscos
Os antibióticos são indicados uma vez que uma ação bacteriana no olho é detectada através de exame clínico, e sua aplicação requer um grande cuidado. Isso porque seu uso prolongado pode causar o efeito inverso, e fortalecer as bactérias que ameaçam a saúde ocular, tornando-as mais resistentes e, consequentemente, imunes ao tratamento ao invés de eliminá-las. A longo prazo, este tipo de colírio ainda pode causar a perfuração da córnea.
Os vasoconstritores são utilizados quando os vasos sanguíneos presentes no globo ocular estão excessivamente dilatados, o que confere ao olho um aspecto vermelho. Contudo, usado indiscriminadamente, este colírio pode causar o chamado efeito rebote, e agravar o problema.
Uma vez que os vasos sanguíneos possuem a propriedade de contraírem-se e expandirem-se de acordo com a necessidade, à medida que o medicamento é usado excessivamente, os vasos necessitarão de doses cada vez maiores da medicação para atingirem o aspecto branco, dito normal.
O esteroide corticoide é um dos anti-inflamatórios mais utilizados em casos de alergia, e também o colírio que requer mais cuidado por parte dos pacientes. Continuar o uso do medicamento após o prazo estipulado pelo médico responsável numa tentativa de aliviar os sintomas da coceira pode levar à opacidade do cristalino, o que causa a catarata. Além disso, ainda pode ocorrer o aumento da pressão intraocular, contribuindo para o desenvolvimento do glaucoma.
Já os Antiglaucomatosos, aplicados diariamente por pacientes portadores de glaucoma para o controle da doença, apresentam riscos quanto à utilização correta do medicamento. Em outras palavras, a quantidade prescrita pelo médico deve ser respeitada, pois, caso seja superior, deixa de fazer o efeito desejado e estimula o aumento da pressão intraocular – o que, consequentemente, piora o glaucoma.
Por fim, as lágrimas artificiais são utilizadas principalmente por moradores de regiões de clima seco, por indivíduos que se expõe por longos períodos a ambientes com ar condicionado ou mesmo que trabalham muito tempo em computadores. Contudo, o uso superior a seis vezes ao dia pode acarretar em intoxicação nos olhos devido ao conservante utilizado na composição deste tipo de colírio.
